O PIB do Brasil em 2023 cresceu 2,9% em relação ao ano anterior, impulsionado principalmente pela safra histórica de soja e milho. Esse aumento significou também uma forte alta na demanda por transporte de carga no país, principalmente no modal rodoviário. A facilidade de adicionar caminhões nas estradas e a limitação de capacidade em modais alternativos e de custos mais baixos, como o ferroviário, transformam o rodoviário em um buffer de transporte no Brasil. Quando a economia aquece, o rodoviário sofre os maiores impactos. Por outro lado, o modal é o primeiro a sentir quando cai a produção nacional.

O preço médio para armazenagem em condomínios logísticos no Brasil está em torno dós R$25 o metro quadrado. Esse valor é 8% maior do que o registrado nos últimos 12 meses. Regiões com grande procura de área, como São Paulo, acabam apresentando preços maiores, seguindo a lógica de mercado. Os gastos com a área locada são um dos componentes de custos da armazenagem, com impacto direto nos custos logísticos das empresas.

O preço do combustível representa, em média, quase 50% dos custos do transporte rodoviário de carga para uma rota de 1.000km no Brasil. Nesse cálculo, além do preço do diesel S-10 está incluído também o Arla. A representatividade do preço do diesel nos custos de transportes é maior quanto mais longa for a rota. A elevada participação do transporte nos custos logísticos das empresas torna importante o acompanhamento regular nos valores de fretes pagos a terceiros. Estimativas do custo padrão de operação servem como um balizador de valores mínimos. Outra ferramenta interessante são os benchmarkings de frete, como o Painel de Fretes do ILOS, que dão visibilidade aos gestores sobre os preços de frete rodoviário que estão sendo pagos no Brasil.