Em 2024, o Brasil possui mais de 2,5 milhões de motoristas de caminhão acima dos 50 anos de idade. Em contrapartida, o mercado conta com menos de 200 mil motoristas com idade entre 18 e 30 anos. Essa enorme diferença na faixa de entrada de motoristas no mercado deve ser um fator de preocupação para o futuro do transporte de carga no Brasil. Segundo dados do Senatran, quase 1 milhão de motoristas deixaram o mercado nos últimos 12 anos. A queda no número de motoristas pode trazer impactos na oferta de transportes, podendo encarecer os custos da atividade e mesmo os preços de frete.

A expectativa para 2024 é de que o PIB do Brasil cresça 2,2% segundo o FMI. Caso as projeções do órgão internacional se concretizem, a economia brasileira cresceria menos do que o registrado em 2023 (2,9%). A variação do PIB tem forte correlação com o transporte rodoviário de carga no Brasil. Devido ao desequilíbrio da matriz de transportes nacional, o rodoviário é o primeiro a sentir os impactos, tanto do aumento de carga em período de economia aquecida, quanto da redução em momentos de crise.

A atividade de transportes representa 13% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. O país está um pouco abaixo da média mundial, que é de 15% das emissões totais em transportes. A agropecuária (35%) é a principal atividade emissora de gases de efeito estufa no Brasil, seguida pelas mudanças de uso da terra e floresta (28%) e energia (17%).